Genética em Ovinos ganha força com a Expolages

Para quem visita a feira, as ovelhas e carneiros são uma das grandes atrações. Além disso, são altamente rentáveis economicamente. Neste ano, foram inscritos 107 animais que participam da exposição e julgamentos.

 De acordo com o representante do Núcleo de Criadores de Ovinos de Lages, Francisco André Nerbas, o rebanho na região é estimado em 30 mil animais e em nove mil produtores. Porém, estes números já foram muito maiores.


Nas décadas de 60 e 70, o rebanho da região serra era considerada o maior do Estado, com mais de 30 mil ovinos. A redução se deve aos ataques de um predador implacável: o conhecido e temido leão baio. 

“Eles atacam até de dia e não podemos fazer nada”, lamenta Nerbas. O fato compromete a produção de animais e por consequência o aproveitamento de lã, couro, carne e miúdos. Para se ter uma ideia, atualmente o Estado importa de países vizinhos, como Argentina e Uruguai, cerca de 60% da carne de ovelha que é consumida em Santa Catarina. Por isso, uma das saídas para manter um rebanho, ainda que menor, tem sido os investimentos em material genético.

Na região, a produção e exportação de sêmens de ovinos para o exterior já é destaque. Por isso, ter animais expostos e premiados na Expolages garante a origem e qualidade dos exemplares. No ano passado, um carneiro foi vendido por R$ 3 mil reais, sendo que o preço médio é a partir de R$ 1.500,00.



Essa exposição e valorização dos animais é o que mantém fiel produtores como a Vânia Andrade Ramos, da cabana Cedro, da Coxilha Rica de Lages. Ela é uma das mais antigas expositoras. Do rebanho que já chegou a mais de 700 animais, hoje são em torno de 60. “A gente não desiste por causa do amor que temos nesses animais.”

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